A população mundial vem crescendo absurdamente ao longo do tempo, segundo dados da ONU estima-se que em 2017 temos 7,6 milhões de pessoas (World Population Clock, 2017), podendo chegar á 11,2 milhões até 2100 (JEAN-NOËL, 1980); no qual a demanda por alimentos ocasiona um inevitável aumento na produção agrícola, onde muitas áreas são desmatadas para cultivo agrícola sendo o maior causador de danos ao solo. A maioria das técnicas modernas de agricultura geralmente associada ao uso de herbicidas, pesticidas e fertilizantes ocasionam a perda gradativa de fertilidade do solo. A implantação de técnicas de desenvolvimento sustentável que são ações que procuram suprir necessidades emergentes sem comprometer a demanda populacional das gerações futuras, sendo assim o desenvolvimento sustentável busca o equilíbrio entre a proteção ambiental e o desenvolvimento econômico. Seguindo conceitos de desenvolvimento e agricultura sustentável, o presente estudo descarta o uso de fertilizantes, com intuito de regeneração pelo ciclo natural, e a demonstração da eficácia dos métodos de agricultura sintrópica. O presente estudo teve por objetivo a análise da eficácia de reposição mineral do solo e sua recuperação físico-química através da adubação verde e conceitos agroecológicos com base em sistemas agroflorestais. O local no qual a pesquisa foi aplicada se encontra em uma área urbana da cidade de Araras-SP, em um terreno de 250m², na Rua José Otávio Fontanetti, 1215–Jardim Dalla Costa, no qual se encontrava compactado cheio de detritos de construção civil. O projeto foi iniciado no mês de outubro de 2016, neste foi realizado a coleta parcial do solo nos meses de outubro de 2016, março e agosto de 2017, seguindo o protocolo de coleta da EMBRAPA, retirando uma amostragem de solo de 0-20 cm e encaminhando para análise no laboratório Agrárias da FZEA-USP de Pirassununga-SP, o estudo teve duração de 365 dias. Foram implantadas espécies por mudas e manivas, e semeadas por meio de muvuca. Ao longo do estudo houve aparecimento de polinizadoras, floração e frutificação das espécies plantas no terreno. Nos resultados foi possível averiguar algumas mudanças significativas nos macronutrientes analisados do solo presente no terreno. Os indícios de P e K elevaram ao longo dos meses de estudo, comprovando a ciclagem de nutrientes e a alta capacidade de produção através da adubação verde. O Ca aumenta o vigor e a resistência das folhas e caules, atua na formação e fortificação de frutos jovens e o Mg é essencial na fotossíntese, pois participa dos processos metabólicos como a formação de ATP nos cloroplastos. Todos esses elementos são de grande importância no enraizamento das plantas. O aumento do pico de M.O do final ao começo do ano se deu pelo auxilio da chuva na decomposição, e também pelo constante manejo. De abril em diante, por falta de manejo, a escassez de irrigação afetou consideravelmente o teor quantitativo do mesmo. A implantação do sistema de agricultura sintrópica no presente trabalho comprovou ser positiva, apesar do curto espaço de tempo do estudo, onde se pode constatar através de dados estatísticos, o aumento significativo de macronutrientes presentes no solo.
Curso: Meio Ambiente
Alunos responsáveis: Ariane Morais, Isabella Malachias Gaspar e Tárcio Gustavo da Silva
Professor Orientador: Alceu Seixas Jr
Palavras chaves: Macronutrientes solo, Adubação Verde, Agrofloresta